17 de março de 2022 | 7h57
O banco da Inglaterra (BoE) aumentar na quinta-feira seu taxa de juros principal ao seu nível pré-pandemia, para contra a inflação galopando que poderia superar o 8% em 2022.
O comitê de política monetária votou a favor do aumento da taxa bancária em 0,25 pontos percentuais, para 0,75%
explicou o Banco da Inglaterra na ata de sua reunião. É a terceira vez consecutiva que o banco emissor britânico eleva suas taxas.
Para todos os bancos centraisa invasão de Rússia para Ucrânia representa um novo dilema: distúrbios na mercado de energia e outras matérias-primas provocam altas de preços, o que agravará a inflação que já estava acelerando fortemente antes do conflito.
O Comitê de Política Monetária votou por maioria de 8 a 1 para aumentar #Taxa bancária para 0,75%. https://t.co/RKxtjPGONr pic.twitter.com/raETKSADZ5
— Banco da Inglaterra (@bankofengland) 17 de março de 2022
No Reino Unidoa inflação já atingiu um 5,5% em janeiro, bem acima da taxa anual de 2% perseguida pelo BoE. E as subidas não vão parar por aí, alertou.
“A inflação continuará subindo nos próximos meses, cerca de 8% no segundo trimestre de 2022 e talvez mais à medida que o ano avança”, disse o banco em sua ata.
Lagarde diz que a era da inflação baixa acabou
Cristina Lagardepresidente do Banco Central Europeu, disse na quinta-feira que o aumento dos preços vai deixar uma marca e que o a inflação não vai voltar para níveis baixos antes da pandemia e da guerra na Ucrânia.
Estamos cada vez mais convencidos de que a dinâmica da inflação no médio prazo não voltará ao padrão que víamos antes da pandemia
quando o indicador permaneceu permanentemente abaixo de 2%, a meta do BCE, disse Lagarde em uma conferência em Frankfurt.
A instituição monetária acaba de elevar sua previsão de inflação para 2022 até 5,1%. O aumento de preço atingiu um recorde de 5,8% ano a ano em fevereiro na zona do euro, impulsionado por questões de energia e cadeia de suprimentos.
🇧🇷 A inflação anual da zona do euro subiu para um novo recorde histórico de 5,9% em fevereiro, ficando acima das estimativas preliminares de 5,8%. Energia continua a registrar o maior aumento de preços (32,0% vs. 28,8% em janeiro), seguido por alimentos, álcool e pic.twitter.com/JwtdLeFAQh
– Janneth Quiroz Zamora (@Janneth_QuirozZ) 17 de março de 2022
Mas “o impacto ascendente pode durar algum tempo”, alertou o ex-ministro francês, e pode afetar bens cujos preços variam com menos frequência do que a energia.
Atualmente, o BCE espera que a inflação cai para 2,1% em 2023 e 1,9% em 2024.
Por sua vez, o previsão de crescimento da zona do euro foi revisto para baixo 3,7% até 2022, devido ao impacto do conflito armado na Ucrânia.
Com informações da AFP.