
Construção civil no Rio de Janeiro
RIO DE JANEIRO (Reuters) – Os próximos lançamentos imobiliários no Brasil devem ter imóveis mais caros devido a insumos mais altos e taxas de juros mais altas, segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.
A magnitude do aumento de preços dependerá, em parte, da dinâmica do mercado, mas o setor já foi impactado pela alta dos preços das commodities nos últimos meses sem ser repassado integralmente aos compradores.
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC), principal referência para o setor imobiliário do país, subiu 21,76% entre setembro de 2020 e o final de 2021. No período, os valores dos imóveis nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Belém ficaram abaixo desse patamar, entre 10% e 15% segundo a CBIC.
Segundo Martins, os efeitos inflacionários da guerra na Ucrânia devem aumentar ainda mais as pressões de custos no setor.
O PIB da engenharia civil cresceu 9,7% no ano passado após sofrer uma perda de 6,3% em 2020. Entre 2014 e 2021, o setor sofreu uma queda acumulada de 26%.
Os imóveis da safra atual que ainda estão à venda têm preços mais baratos, segundo especialistas do setor, porque não sofrem essa pressão de preços.
“É inevitável (aumento de preço). É impossível alguém absorver um aumento de 20% nos custos”, disse Martins.
O presidente do Sinduscon-RJ, Claudio Hermolin, reiterou que o ritmo de lançamentos pode ser desacelerado caso o setor não consiga repassar todas as pressões de custos.
“Ninguém vai trazer algo para o mercado que não possa trazer lucratividade”, disse ele à Hermolin.
O aumento dos custos tende a afetar principalmente as famílias mais pobres, que gastam boa parte de sua renda comprando o imóvel, disse Martins. Para minimizar o impacto econômico nesse nicho, a construção civil solicitou ao governo federal novas medidas de financiamento no âmbito do programa Casa Verde Amarela.
“Este é o público que teve o maior impacto nos aumentos dos preços das casas. Dados da Caixa Econômica mostram que 70% dos mutuários, quase todos da Verde Amarela, utilizam 100% de sua capacidade de renda (para parcelamento)”, alertou Martins.
“Em setembro passado, o governo reajustou os valores dos subsídios para as famílias mais pobres. Esta semana, o conselho de curadores da Caixa aprovou uma nova rodada de subsídios.
(por Rodrigo Viga Gaier)
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