
Notas reais e de dólar
por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – O dólar encerrou a sessão com forte queda de mais de 1%, cerca de 5,03 reais, em uma quinta-feira de forte demanda de risco nos mercados internacionais, à medida que os investidores digeriam os sinais da política monetária.
O dólar à vista caiu 1,07%, para 5,0373 reais, próximo à mínima diária de 5,0305 reais (-1,20%). O máximo foi de 5.109 reais (+0,34%).
No exterior, o índice do dólar caiu quase 0,5% em relação a uma cesta de moedas, o que é bastante revelador para o padrão do indicador. O dólar australiano, muitas vezes visto como um proxy para a demanda de risco, subiu 1,2%.
Os mercados ainda pareciam estar de olho em pontos divergentes nos sinais do Fed, mas a percepção de que o Fed pode não ser capaz de entregar todos os aumentos de juros prometidos pode pesar sobre o dólar e elevar as ações, levando a que contribuísse para a demanda por ativos de risco – como mercados emergentes e/ou moedas relacionadas a commodities.
E nesse contexto, os altos juros brasileiros falam pelo câmbio. O Bacen deu a entender no dia anterior que poderia parar de aumentar a taxa Selic a partir de maio, mas somando-se ao patamar já bastante elevado da taxa de juros em relação aos seus pares, existe o risco de o BC ter que estender o ciclo de aperto monetário em meio à implacável pressão Inflação.
“A continuação do ciclo de alta sinalizado para maio deve fornecer algum suporte para o real”, disse o Barclays em nota. “Estamos taticamente apertados em relação ao real em relação ao peso mexicano, mas continuamos construtivos na visão de médio prazo do real, devido ao carregamento alto e aos riscos políticos relativamente contidos por enquanto”, disse o banco.
Thiago Melzer, sócio da Upon Global Capital, disse que o Brasil deve continuar a superar os pares emergentes no curto e médio prazo, mas o influxo surpresa de estrangeiros no país visto no início do ano deve recuar em meio a fatores locais e uma percepção de maior risco relacionado a mercados emergentes.
Em sua opinião, o país experimentou uma recuperação como resultado da melhoria dos termos de troca; um cenário eleitoral que os estrangeiros consideram mais “amigável ao mercado”, já que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém a liderança nas pesquisas de intenção de voto; e a percepção de que o banco central do país começava a agir à frente dos demais no combate à inflação.
“Mas a clareza sobre Lula está, digamos, cinzenta. Houve uma melhora de (Jair) Bolsonaro nas pesquisas. Este cenário (eleitoral) não é mais tão claro.”
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