O novo diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira, tomou posse nesta sexta feira (4) em cerimônia datada na sede do Ministério da Justiça.
A TV Globo questionou o Ministério da Justiça sobre o motivo da data da cerimônia e aguarda resposta à última atualização desta reportagem.
Márcio Nunes é o quinto diretor-geral da PF indicado por Jair Bolsonaro. Ele foi substituído por Paulo Maiurino, que ficou menos de um ano desempregado. A mudança no comando da corporação foi formalizada na semana passada, na edição do último dia 25 do “Diário Oficial da União”.
A TV Globo informou que, desde sua indicação, Márcio Nunes despacha em uma sala não pertencente ao Ministério da Justiça.
O espaço destinado ao chefe da Polícia Federal ainda é ocupado por Maiurino, que se tornará o Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas, mas cuja indicação ainda não foi oficializada.

Diretor Geral da Polícia Federal Câmbio Governo
Investigações da PF sobre Bolsonaro
No início de fevereiro, a Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal que havia concluído que o presidente Jair Bolsonaro cometeu um crime ao divulgar informações secretas de uma investigação. A PF, no entanto, sem indicação ou presidente, apenas justificação de que este é um foro privilegiado.
Em agosto de 2021, Bolsonaro mencionou informações de uma reportagem parcial da PF sobre um ataque de hackers ao TSE em 2018 (que não comprometeu as urnas eletrônicas). O presidente usou os dados para tentar basear suas suspeitas infundadas na segurança das urnas.
Ou crime cometido na “ao vivo”, segundo PF, foi o de divulção de segredo.
Além disso, em dezembro do ano passado, a Polícia Federal afirmou ao STF que Bolsonaro tem ação “direta e relevante” para gerar desinformação sobre o sistema eleitoral.
O novo diretor-geral da PF
O novo diretor-geral da PF atua atualmente como secretário-executivo do Ministério da Justiça, segundo posto-chefe na hierarquia das massas.
Policial Federal, Márcio Nunes de Oliveira foi professor da Academia Nacional de Polícia e superintendente regional da PF no Distrito Federal de 2018 a 2021.
Entre outras acusações, Márcio Nunes de Oliveira também foi chefe do Serviço de Análise de Dados de Inteligência Policial da Divisão de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio e Tráfico de Armas e chefe da Divisão de Operações de Repressão de Entorpecentes da PF.