
A confeitaria mudou o nome do doce “bolo nega maluca” para “bolo afrodescendente” (Crédito da imagem: reprodução)
O empresário Mauro Sérgio Proença, 56, decidiu mudar o nome do bolo “nega maluca” para “bolo afrodescendente” na padaria Aveiro, em São Paulo, da qual é sócio. A mudança ocorreu depois que a padaria recebeu ofício do Sampapão (Sindicato dos Industriais de Padaria e Confeitaria de São Paulo). A informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
No documento, o sindicato recomendou, entre outras coisas, a alteração dos rótulos de doces como “Teta de Nega”, “Nega Maluca”, “Linguagem da sogra”, “Maria Mole”. A justificativa afirma que os nomes “que até foram vistos com simpatia não são mais aceitos e podem gerar constrangimento e acusações de crimes raciais, machismo, preconceito etc”.
Segundo Proença, ele achava que o novo nome, Afrodescendente, remeteria à origem do bolo e, portanto, “não causaria constrangimento”. No entanto, nesta terça-feira (15) clientes foram ao estabelecimento reclamar da mudança após a foto viralizar nas redes sociais.
O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, também criticou a mudança nas redes sociais. “Eles querem criminalizar o bolo. Isso tem que acabar”, escreveu. “Temos uma relação amorosa com esses doces. Você faz parte da nossa vida. Chega de tanto Mimimi. Ninguém aguenta mais”.
Segundo a Folha, o dono da padaria e os funcionários foram ameaçados e constrangidos. Para reverter a situação, Proença mudou novamente o nome do doce, desta vez para “Bolo de Chocolate”.
“Ela [clientes] Eles pensaram que íamos lutar. Não somos obrigados a segui-lo [a recomendação do sindicato]Conversei com donos de outras padarias que não mudaram de nome”, disse Proença em entrevista à coluna de Monica Bergamo.
Na quarta-feira (16), o empresário decidiu restaurar o nome original da guloseima. Agora o rótulo diz “bolo nega maluca” novamente. Proença disse ainda que o estabelecimento estava “desorientado” e que iria falar com o sindicato sobre o ocorrido. “Não sabemos se vamos para a direita, para a esquerda, para cima ou para baixo”, disse à Folha.
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